TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO COM AERONAVE NÃO TRIPULADA NO MANEJO DA SIGATOKA NA CULTURA DA BANANA

Nome: MAICKEL LUCAS SCHAEFFER

Data de publicação: 02/09/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO ALVES FERNANDES Examinador Interno
EDNALDO MIRANDA DE OLIVEIRA Examinador Externo
EDNEY LEANDRO DA VITORIA Presidente
RYCHARDSON ROCHA DE ARAÚJO Examinador Externo

Resumo: A bananicultura é estratégica para o agronegócio brasileiro, com destaque para o Espírito Santo como importante polo produtor, porém doenças como a Sigatoka spp. comprometem a produtividade, exigindo controle químico eficiente. As Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs) surgem como alternativa promissora aos métodos tradicionais, oferecendo maior precisão e menor impacto ambiental. Este estudo objetivou definir as melhores configurações de voo (taxa de aplicação e diâmetro de gotas) para aplicação aérea por ARP na bananeira 'Prata', visando otimizar a deposição de gotas e o controle da Sigatoka. O experimento foi conduzido em Linhares-ES, em delineamento em blocos casualizados com cinco repetições, em arranjo fatorial 4×3: quatro taxas de aplicação (8, 10, 12 e 14 L ha¹) e três diâmetros de gotas (180, 240 e 300 m), utilizando ARP DJI Agras T40 a 4,5 m de altura e 20 km h¹. A deposição foi avaliada com papéis hidrossensíveis e etiquetas de PVC, enquanto o controle da doença foi realizado com fungicida sistêmico (grupos C2 e G1), aplicado mensalmente por três meses, com monitoramento semanal pós-aplicação conforme metodologia de Stover. Os resultados demonstraram que a taxa de 14 L ha¹ proporcionou cobertura 120% superior à de 8 L ha¹, enquanto gotas de 240 m e 300 m apresentaram desempenho equivalente, superando em 45% as de 180 m. A taxa de 8 L ha¹ resultou em densidade de gotas 46,06% menor que 14 L ha¹, com diâmetros de 180 m e 240 m produzindo 21,73 gotas cm² (55,7% superior a 300 m). Quanto ao potencial de deriva, a combinação de 12 L ha¹ com gotas de 300 m apresentou o menor Potencial de Risco de Deriva (PRD) e maior Dv0.1, indicando menor proporção de gotas muito finas. O Diâmetro Mediano Volumétrico (DMV) foi diretamente influenciado pelo tamanho nominal da gota, com a taxa de 12 L ha¹ + 300 m apresentando variação inferior a 14%, indicando maior estabilidade e menor risco de deriva. Para deposição, a combinação mais eficiente foi 10 L ha¹ + 240 m. No controle da Sigatoka spp., os tratamentos 14 L ha¹ + 300 m (77,2% de eficácia relativa), 8 L ha¹ + 300 m (74,6%) e 8 L ha¹ + 240 m (68,9%) destacaram-se, mantendo desempenho consistente ao longo do tempo e figurando entre os cinco melhores no ranking de eficácia temporal integrada. Conclui-se que a interação entre parâmetros operacionais influencia significativamente a qualidade da aplicação e o controle da doença, com combinações específicas otimizando cobertura, deposição e redução de deriva.

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