PRECISÃO EXPERIMENTAL COM MUDAS DE EUCALIPTO DE ACORDO COM O TAMANHO ÓTIMO DE PARCELA

Nome: JASMYN TOGNERE

Data de publicação: 31/07/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDILSON ROMAIS SCHMILDT Presidente
EDNEY LEANDRO DA VITORIA Examinador Interno
ENILTON NASCIMENTO DE SANTANA Examinador Externo
SARA DOUSSEAU ARANTES Coorientador

Resumo: O coeficiente de variação é uma estatística amplamente utilizada para expressar a precisão experimental em estudos nas áreas agrícola e florestal, por permitir a comparação da variabilidade relativa entre diferentes características. Entretanto, a classificação tradicional do coeficiente de variação, proposta por Pimentel-Gomes, apresenta limitações relevantes, especialmente por ser generalista e não considerar aspectos fundamentais como a natureza da variável avaliada nem o tamanho da parcela experimental. Essa abordagem fixa pode levar a interpretações equivocadas da qualidade dos experimentos, especialmente quando aplicada a diferentes culturas ou condições experimentais específicas. Diante dessas limitações, propõe-se uma nova classificação do coeficiente de variação, mais adaptada à realidade de experimentos com mudas de eucalipto em fase de expedição. Foram avaliadas oito características morfológicas em mudas de seis clones de eucalipto (144, 224, BA7346, CO1407, TP361 e GG100), totalizando 8200 unidades. A estimativa do tamanho ótimo de parcela foi realizada com base na equação da máxima curvatura modificada com simulação bootstrap, método amplamente reconhecido pela sua capacidade de identificar o ponto em que o acréscimo de unidades experimentais deixa de proporcionar ganhos significativos na precisão. Os valores de coeficiente de variação obtidos foram posteriormente analisados conforme a distribuição dos dados. Para variáveis que apresentaram distribuição normal, foi utilizada a classificação baseada nas médias e desvios padrão; já para variáveis com distribuição não normal, adotouse a metodologia baseada na mediana e pseudo-sigma. Os resultados evidenciaram que o comportamento do coeficiente de variação em função do número de plantas por parcela é não linear. À medida que o número de plantas aumenta, os valores de CV exigidos para enquadrar os dados em faixas de baixa variação tornam-se mais rígidos, refletindo corretamente a redução do erro experimental. Essa variação de comportamento também foi influenciada pela natureza da variável morfológica avaliada, o que reforça a inadequação de classificações fixas e generalistas. A nova proposta apresentou faixas de classificação com transições bem definidas entre classes e maior aderência à variabilidade observada nos dados reais. Além disso, os métodos propostos mostraram-se mais eficazes do que o modelo tradicional ao considerar a distribuição dos dados, proporcionando maior sensibilidade na avaliação da precisão experimental. Portanto, a nova abordagem apresentada constitui uma ferramenta estatística mais adequada à realidade dos viveiros florestais, contribuindo para o aumento da confiabilidade dos experimentos e para a melhoria dos critérios de avaliação de mudas de eucalipto em fase de expedição.

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