MULHERES ESPERANÇA VIVA: RECONHECENDO SUA PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA
Nome: ANA KELLY MOTA BARBOSA
Data de publicação: 27/08/2024
Orientador:
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Papel |
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ANTELMO RALPH FALQUETO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ANTELMO RALPH FALQUETO | Presidente |
EMERSON NUNES DA COSTA GONÇALVES | Examinador Externo |
SARA DOUSSEAU ARANTES | Examinador Interno |
Resumo: A agroecologia é uma ciência que envolve três pilares fundamentais: Ambiental, Econômico e Social. Trabalhar o feminismo somente através da agroecologia não sustenta a realidade da questão de gênero no meio rural. Porém, por meio da relação entre esses temas, é possível fundamentar efetivamente essa luta de cunho político. Essa afirmação pôde ser observada ao acompanhar um grupo de mulheres rurais do interior do estado do Espírito Santo. Com isso, objetivou-se relacionar seu reconhecimento e a produção das Mulheres Esperança Viva com suas condições socioeconômicas e a valoração de sua produção. A partir do projeto “Cadernetas Agroecológicas Capixabas”, a pesquisa foi aplicada com metodologias participativas, cadernetas agroecológicas e questionários socioeconômicos no desenvolvimento de uma Assistência Técnica e Extensão Rural com base feminista, com a analise qualitativa-quantitativa, os dados quantificáveis e os qualitativos puderam ser distribuídos em categorias analíticas, e submetidos a estatística descritiva, permitindo a comparação por médias e proporções. Seis mulheres contribuíram com a pesquisa dentro do grupo selecionado, todas com participação e produção agroecológica. Destaca-se em sua caracterização que todas são casadas, moram e trabalham com seus companheiros em suas propriedades, mas na condição de posse da propriedade, sendo própria ou arrendada, seu nome aparece nos documentos apenas em metade dos casos e como segundo titular. A percepção dessas mulheres com relação a agroecologia e feminismo perpassa pelo entendimento do senso comum, entendendo a primeira como uma forma de produção enquanto para a segunda há entendimento sobre a condição de autonomia e direitos, mas não relacionam ambas por uma perspectiva sociológica em busca de uma sociedade mais justa e igualitária, com amparo nas diferenças sociais, econômicas e ambientais.