Distribuição e Correlação Espacial da Incidência da Fusariose em Pimenta-do-Reino e Atributos do Solo.

Nome: ANTONIO PEREIRA DRUMOND NETO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/05/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCELO BARRETO DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARMANDO BERGAMIN FILHO Examinador Externo
IVONEY GONTIJO Coorientador
JULIÃO SOARES DE SOUZA LIMA Examinador Externo
LAÉRCIO ZAMBOLIM Examinador Externo
MARCELO BARRETO DA SILVA Orientador

Resumo: A pimenta-do-reino é o condimento mais comercializado no mundo e uma cultura de suma importância sócio econômica para a Região Norte do Estado do Espírito Santo. Relatada na década de 50, a fusariose é uma doença causada pelo fungo Nectria haematococca f. sp. piperis (Fusarium solani f. sp. piperis Alb.) e tornou-se o principal problema fitossanitário da pipericultura brasileira. Em relação ao patógeno, pouco se conhece a respeito da dinâmica de suas interações com o ambiente do solo, hospedeiro e no estabelecimento da doença. A geoestatística é uma ferramenta que permite conhecer as variações do ambiente do solo com relação ao espaço e pode auxiliar no entendimento das condições que favorecem a ocorrência da fusariose. A variabilidade espacial pode ser estudada por meio desta ferramenta, possibilitando correlacionar as variáveis em estudo, além de confeccionar mapas para visualizar a variabilidade dos atributos e fenômeno de uma área. Objetivou-se estudar a distribuição espacial da incidência de fusariose e a associação com os atributos do solo utilizando a geoestatística. O experimento foi conduzido de out/2010 a ago/2011, no Km 31, distrito do município de São Mateus-ES. Implantou-se uma malha amostral regular de 100x120m (12.000m2) em uma lavoura de pimenta-do-reino, com 125 pontos (plantas) para avaliar a incidência da fusariose ao longo de 303 dias, totalizando sete avaliações. Os atributos dos solos foram coletados nas mesmas plantas avaliadas em jul/2011, sendo amostrados 125 pontos para os atributos químicos (0-20 cm de profundidade), 112 pontos para a textura (0-20 cm de profundidade) e 75 pontos para a física do solo (0-07 cm de profundidade). As associações entre a doença e os atributos do solo foram analisadas com o teste de Pearson e escalonamento dos variogramas e a correlação espacial através do variograma cruzado. Com o auxilio da geoestatística foi possível visualizar o inicio do foco pelas bordas e o crescimento da doença ocorreu ao sul do mapa onde consta uma declividade de 11%. Os resultados do teste do variograma cruzado se assemelham com o teste de Pearson e o escalonamento confirmou que a densidade aparente do solo e a matéria orgânica possuem o mesmo padrão espacial da incidência de fusariose. Conclui-se o maior crescimento da incidência de fusariose na época da colheita no período chuvoso e ocorre uma associação negativa e correlação espacial com a densidade aparente do solo e matéria orgânica.

Palavras-chave: Piper nigrum L.; Geoestatística; Espaço-temporal; Fusarium solani f. sp. piperis.

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