Fitorremediação de solo contaminado com sulfentrazone em função da densidade populacional de Canavalia ensiformis e Crotalaria juncea.

Nome: MARIANA FERRAÇO ARAUJO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/04/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FÁBIO RIBEIRO PIRES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA FERREIRA BELO Examinador Interno
FÁBIO RIBEIRO PIRES Orientador
MARCELO ANTÔNIO DE OLIVEIRA Examinador Interno
SERGIO DE OLIVEIRA PROCÓPIO Examinador Externo

Resumo: Objetivou-se neste trabalho avaliar a influência da densidade populacional de feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e crotalária juncea (Crotalaria juncea) sobre a fitorremediação de solo contaminado com o herbicida sulfentrazone. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação, utilizando-se vasos com solo coletado do horizonte A de um Argilosso Amarelo arenoso, no delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 3, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos pela combinação de quatro densidades populacionais das espécies fitorremediadoras C. ensiformis (0, 10, 20 e 40 plantas m-2) e C. juncea (0, 60, 120 e 240 plantas m-2) e três doses do herbicida sulfentrazone (0, 200 e 400 g ha-1). Os vasos foram preenchidos com o solo adubado, e posteriormente aplicou-se o herbicida. Oito dias após aplicação procedeu-se a semeadura da espécie utilizada como fitorremediadora. Aos 21 e 75 dias após a emergência (DAE) das plantas, foram realizadas as avaliações de altura. Aos 75 DAE, as plantas foram cortadas e imediatamente pesadas para obtenção da massa fresca da parte aérea. Logo em seguida, todo esse material foi congelado para bioensaio e determinação de resíduos de sulfentrazone na parte aérea analisado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Após o corte das plantas, foram retiradas amostras de solo e raiz de todos os vasos em duas profundidades, 0 a 10 e 10 a 20 cm, para determinação da persistência do herbicida utilizando-se cromatografia. Neste mesmo período, efetuou-se no próprio vaso, a semeadura da espécie bioindicadora da presença do sulfentrazone no solo, Pennisetum glaucum (milheto). Aos 25 e 42 DAE do milheto avaliou-se a intoxicação pelo herbicida e altura e aos 42 DAE determinou-se a massa fresca e seca da parte aérea e raiz. Paralelamente, conduziu-se outro bioensaio, para o qual produziu-se um extrato com uma fração da parte aérea das plantas de C. ensiformis e C. juncea armazenadas anteriormente. O mesmo foi colocado em potes contendo areia lavada. O milheto foi semeado em seguida e aos 15 e 30 DAE avaliou-se a intoxicação pelo herbicida e altura e aos 30 DAE determinou-se a massa fresca e seca da parte aérea e raiz. Outra parte dos materiais foi empregada para determinação dos resíduos de sulfentrazone. No solo, os resíduos foram determinados por extração com o uso de 80 mL de metanol para cada 40 g de solo, após agitação por 16 h. Para determinação do herbicida na parte aérea e raiz das plantas fitorremediadoras, o material vegetal foi submetido à extração por maceração com metanol. O cultivo prévio das espécies fitorremediadoras C. ensiformis e C. juncea promoveu a remediação do sulfentrazone. A densidade populacional mínima de C. ensiformis e C. juncea que possibilitam o desenvolvimento do milheto é de 20 e 120 plantas m-2 respectivamente. O extrato de C. ensiformis e C. juncea não foi fitotóxico para o milheto indicando que essas espécies podem ser utilizadas como adubos verdes após remediar o sulfentrazone no solo. Não foi encontrado residual do herbicida na parte aérea e raiz de C. juncea. Somente detectou-se resíduos de sulfentrazone na parte aérea de C. ensiformis quando foi aplicado no solo 400 g ha-1 deste herbicida.

Palavras-chave: adubos verdes, feijão-de-porco, crotalária juncea, milheto, herbicida.

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