Propagação vegetativa de espécies do gênero Piper e suas potencialidades

Nome: GIZELE CRISTINA MAGEVSKI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/04/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO ALVES FERNANDES Suplente Interno
JOSÉ RENATO STANGARLIN Examinador Externo
MARCIO PAULO CZEPAK Orientador
RODRIGO SOBREIRA ALEXANDRE Coorientador

Resumo: A espécie Piper nigrum (pimenta-do-reino) é usada largamente como condimento, sendo valorizada mundialmente. O estado do Espírito Santo ocupa o segundo lugar na produção nacional dessa espécie, que apresenta grande importância social e econômica, por gerar renda alternativa para o agricultor familiar. No entanto, a partir de 1957 essa cultura começou a ser afetada por uma doença que ataca o sistema radicular, conhecida como fusariose. Causada pelo fungo Fusarium solani f. sp. piperis ocasionando a morte de milhares de pimenteiras, resultando em grandes perdas de produção e redução do ciclo produtivo da cultura. Não existe ainda tecnologia comprovada contra essa doença, mas o que se recomenda é que seja usada a enxertia para obtenção de resistência a doenças do solo, possibilitando o cultivo de determinadas espécies em áreas contaminadas. É sabido que, piperáceas nativas, como a P. aduncum L., P. arboreum, P. carniconnectivum, P. hispidum, P. hispidnervum, P. sp e P. tuberculatum apresentaram alta resistência à infecção a dois isolados de Nectria haematococca f. sp. piperis, podendo então serem utilizadas com porta-enxertos. Assim objetivou-se nesse trabalho investigar sobre a propagação vegetativa por estaquia de três espécies de Piperaceaes (P. arboreum Aubl., P. amplum Kunth e P. mollicomum Kunth) com potencial resistência a fusariose de P. nigrum L.; subsidiando assim, informações para produção de porta-enxertos resistentes a isolados de Fusarium solani. O primeiro experimento foi referente à indução de enraizamento adventício de estacas, em três espécies de Piper (P. arboreum, P. amplum e P. mollicomum); utilizando AIB em diferentes dosagens (0, 2000, 4000, 6000 e 8000 mg kg-1). A avaliação foi realizada aos 45 dias de transplantio e as variáveis analisadas foram: sobrevivência (%), número médio de folhas, número médio de brotos e comprimento médio do maior broto (cm). No segundo experimento, foi testada a indução de enraizamento e crescimento da parte aérea, de estacas de P. arboreum e P. amplum com as mesmas concentrações utilizadas no primeiro experimento. A avaliação foi realizada aos 90 dias de cultivo e as variáveis analisadas foram: sobrevivência (%), enraizamento (%), emissão de brotos (%), número de raiz e de broto; comprimento da maior raiz e do maior broto (cm), diâmetro do broto (mm). O terceiro experimento teve o objetivo de detectar fontes de resistência ao Fusarium solani, entre as diferentes espécies de Piper silvestres propagadas nesse trabalho e verificar se dois isolados (isolado I e II) oriundos de pimenteiras com sintomas de fusariose, apresentam diferenças na habilidade de infectar diferentes hospedeiros. A espécie P. arboreum e P. amplum, apresentaram 100 e 98% de sobrevivência respectivamente independentemente da concentração de AIB empregada. No segundo experimento, observou-se que para o enraizamento adventício de estacas da espécie P. amplum é indicado 3.000 mg kg -1 de AIB e para P. arboreum, houve comportamento linear, necessitando portanto, de estudos com concentrações superiores que 8.000 mg kg -1 de AIB. Foi demonstrado potencial para resistência aos dois isolados do fungo, testados em P. arboreum, P. amplum e P. mollicomumum. Mas essa condição ainda deve ser comprovada em condição de campo.
Palavras-chave: Piper, AIB, resistência, fusariose.

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