COMPATIBILIDADE DE
PIMENTEIRA-DO-REINO ENXERTADA EM ESPÉCIES DO GÊNERO Piper

Nome: JEANE CRASQUE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SARA DOUSSEAU ARANTES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDREIA BARCELOS PASSOS LIMA GONTIJO Examinador Interno
CARLOS ALBERTO SPAGGIARI DE SOUZA Examinador Externo
EDILSON ROMAIS SCHMILDT Coorientador
SARA DOUSSEAU ARANTES Orientador

Resumo: CRASQUE, Jeane; M.Sc.; Universidade Federal do Espírito Santo; Fevereiro de
2020; Compatibilidade de pimenteira-do-reino enxertada em espécies do
gênero Piper; Orientadora: Sara Dousseau Arantes; Coorientadores: Edilson
Romais Schmildt e José Altino Machado Filho.
Na cultura da pimenta-do-reino a produtividade brasileira é restringida por
diversos fatores bióticos e abióticos, destacando a incidência do fungo Fusarium
solani f. sp. Piperis, visto que as técnicas existentes de manejo químico são pouco
eficientes. Dentre as estratégias a prática de enxertia de cultivares da pimenta-doreino em espécies silvestres vem se mostrando eficiente e sustentável, contudo, o
sucesso desta técnica depende da compatibilidade entre o enxerto e porta-enxerto.
Sendo assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a eficiência da enxertia
utilizando diversos porta-enxertos e identificar descritores morfofisiológicos
relacionados com a incompatibilidade. Foram estudadas espécies do gênero Piper
resistentes à Fusariose utilizando duas técnicas de enxertia. Na garfagem lateral
foram avaliados como porta-enxertos três espécies nativas do gênero Piper (Piper
aduncum L., Piper hispidum Sw. e Piper tuberculatum Jacq.) e a cultivar BRS
Kottanadan. No experimento de garfagem de topo foram avaliados como portaenxertos três espécies nativas do gênero Piper (Piper arboreum Aubl., P. aduncum e
P. tuberculatum) e a ´Balankotta`, e como enxerto de ambos os ensaios utilizou-se a
cultivar Bragantina. O primeiro capítulo foi intitulado “Fluorescência da clorofila a
para avaliação da eficiência da enxertia da pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) sob
porta-enxertos intra e interespecíficos” e o segundo, intitulado “Metabolismo primário
e sua relação com o desenvolvimento inicial de mudas enxertadas de pimenteira-doreino”. Quando analisado o aparato fotossintético pelo método de fluorescência da
clorofila a, a enxertia sob espécies selvagens foram melhores nos dois métodos de
enxertia com maior índice de desempenho da eficiência fotossintética. O método
recomendável, a nível de produção, destaca-se a enxertia de garfagem lateral em
fenda cheia. Pode-se concluir que a enxertia é uma estratégia viável para mitigação
dos fatores bióticos e abióticos. Quanto ao capítulo dois foram avaliadas
características referentes ao desenvolvimento vegetativo, trocas gasosas, pigmentos
fotossintéticos, alocação de carboidratos. P. tuberculatum apresentou
v
incompatibilidade inicial. A análise da sobrevivência ao longo do tempo e os
parâmetros relacionados à capacidade fotossintética do enxerto e de qualidade da
muda indicaram que não houve incompatibilidade entre a ´Bragantina` e os portaenxertos P. aduncum, P. hispidum e a ´Kottanadan`. Porém, as espécies P.
hispidum e ´Kottanadan` apresentaram maior limitação na união por diferença de
diâmetro. No estudo das correlações foi possível observar decréscimo no
investimento em parte aérea, contribuindo para o aumento da eficiência do uso da
água. O teor de AR e AST do caule acima da região do enxerto possibilitou maior
acúmulo de massa seca nesta região. A espécie com maior desempenho
fotossintético e de alocação dos carboidratos foi P. aduncum.
Palavras-chave: enxerto, pimenta preta, pimenta selvagem.

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