Fitorremediação de bário em ambiente alagado: alterações eletroquímicas, redução de barita e dinâmica de absorção e translocação em macrófitas

Nome: AMANDA DUIM FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FÁBIO RIBEIRO PIRES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIEGO BARCELLOS Examinador Externo
FÁBIO RIBEIRO PIRES Orientador
FERNANDO BARBOZA EGREJA FILHO Coorientador
ROBSON BONOMO Coorientador

Resumo: FERREIRA, Amanda Duim; M.Sc.; Universidade Federal do Espírito Santo; Fevereiro de 2019; Fitorremediação de bário em ambiente alagado: relações solo-planta; Orientador: Fábio Ribeiro Pires.

Macrófitas plantas são amplamente utilizadas no tratamento de águas residuárias e possuem grande potencial para remediação de solos alagados, considerando-se que desenvolveram mecanismos para sobreviverem em ambientes anóxicos. A perda radial de oxigênio é um destes mecanismos que pode influenciar o equilíbrio redox da matriz do solo e de elementos potencialmente tóxicos, podendo afetar a absorção desses últimos pelas plantas. Muitas técnicas têm sido propostas para aumentar a fitoextração de metais por macrófitas, no entanto, o conhecimento de períodos de máxima absorção e translocação é essencial e é uma lacuna no gerenciamento da fitorremediação. O sulfato de bário, devido a sua baixa solubilidade, possui baixo grau de toxicidade. Porém, em condições anóxicas é reduzido a sulfeto e o bário pode ser disponibilizado à toda a cadeia trófica, gerando riscos. Para avaliar as relações solo-planta durante a fitorremediação de bário a partir de solos alagados, dois experimentos foram conduzidos. No primeiro experimento objetivou-se acompanhar o processo de redução do sulfato de bário e a disponibilização do Ba de forma a determinar a influência de duas espécies de macrófitas (Thypa domingensis e Eleocharis acutangula) nas alterações eletroquímicas ocorridas durante o alagamento dos solos. O sulfato de bário foi parcialmente reduzido em todos os tratamentos. Diferenças eletroquímicas foram observadas entre os solos vegetados com T. domingensis e E. acutangula, sendo que condições redutoras mais fortes (pH maior e Eh menor) no solo vegetado com E. acutangula não resultaram em maior acúmulo de Ba por esta espécie. Diferenças entre T. domingensis e E. acutangula, como menor proporção entre raízes avermelhadas e não avermelhada e a presença de estolões que também podem acumular Ba, e as alterações eletroquímicas ocorridas no solo vegetado por T. domingensis (maior oxidação da rizosfera no solo vegetado, o que resultou em menor pH do solo e menor adsorção de Ba às placas de ferro) resultaram em maior extração de Ba por esta espécie. No segundo experimento objetivou-se avaliar a absorção e translocação de Ba ao longo do tempo por E. acutangula, utilizando-se uma fonte solúvel de bário, o cloreto de bário, de forma a simular a redução completa do sulfato à sulfeto. As maiores taxas de translocação foram observadas após 105 dias de cultivo, quando as plantas atingiram um estado de hiperacumulação. O acúmulo máximo de bário ocorreu na parte aérea das plantas aos 105 dias e nas raízes aos 120 e 180 dias. Após 120 dias de cultivo, o acúmulo nas raízes manteve um alto coeficiente de remoção de Ba do solo para a planta. Aos 180 dias o bário disponível no solo foi esgotado devido a esta alta taxa de remoção pelas raízes.

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