Manejo agronômico do abacaxizeiro CV. Vitória visando otimizar a produtividade e qualidade dos frutos

Nome: DAYANE LITTIG BARKER KLEM
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/07/2017
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
SARA DOUSSEAU ARANTES Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
PATRÍCIA SOARES FURNO FONTES Coorientador
EDILSON ROMAIS SCHMILDT Coorientador
SHEILA CRISTINA PRUCOLI POSSE Examinador Externo
SARA DOUSSEAU ARANTES Orientador
ALESSANDRA FERREIRA BELO Suplente Interno

Resumo: Na cultura do abacaxizeiro diferentes estratégias de manejo podem ser utilizadas para otimizar a produção e qualidade dos frutos visando atender as exigências da cadeia produtiva. Dentre as estratégias recomendadas estão a indução artificial da floração, contudo, o sucesso desta tecnologia é altamente dependente do estádio de desenvolvimento vegetativo da cultura, que depende principalmente do tamanho, tipo da muda e época de plantio. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho estabelecer uma estratégia de manejo do florescimento para otimizar a produção e qualidade dos frutos, utilizando diferentes tipos de mudas e idades de indução floral. O genótipo estudado foi a cultivar Vitória, por ser resistente à Fusariose, ausência de espinhos, excelente produtividade e qualidade dos frutos. Nesse contexto, dois trabalhos foram desenvolvidos. O primeiro, intitulado “Desempenho do abacaxizeiro ‘Vitória’ em resposta aos tipos de mudas e idades de indução floral” e o segundo, intitulado “Qualidade pós-colheita do abacaxizeiro ‘Vitória’ obtida pelos diferentes tipos de mudas e idades de indução floral”. O experimento foi conduzido na área da Fazenda Experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, no município de Sooretama-ES. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em parcelas subdivididas no tempo, com quatro repetições, sendo cada parcela constituída por mudas do tipo filhote de 100 a 200 g e rebentão de 201 a 300
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g. As subparcelas foram as idades de indução floral artificial (8, 10 e 12 meses após o plantio) e indução natural. Foram avaliadas diversas características referente ao desenvolvimento vegetativo, fenologia, produtividade e qualidade físico-químicas dos frutos. Foi observada interação significativa entre os fatores estudados para as variáveis de largura da folha “D” e área foliar total, número de rebentos produzidos, bem como, para as variáveis químicas dos frutos. O florescimento natural ocorreu entre os 16 e 18 meses após o plantio alongando o ciclo da cultura, no entanto, obteve maior produção de mudas filhotes e elevada produtividade. A indução artificial do florescimento realizada aos oito meses após o plantio antecipa a colheita em até 167 dias comparado com as demais induções artificiais. A biomassa dos frutos com coroa, foi superior no florescimento natural, com 58% de ganho de biomassa comparada com a indução aos oito meses. As induções artificiais resultaram em frutos de menor circunferência, diâmetro e espessura de polpa. As plantas induzidas artificialmente aos 12 meses e natural produziram frutos com qualidade físico-química superiores, para ambos os tipos de mudas utilizadas. Pode-se concluir que o manejo do florescimento através da indução floral é uma importante estratégia para obtenção de frutos com características variadas que atendam às exigências dos diferentes tipos de mercados interno e externo. Portanto, para indústrias de sucos ou doces, a indução pode ser realizada em todos os períodos avaliados a depender apenas, da época de demanda de frutos. Para mercados de frutos in natura e/ou exportação, recomenda-se efetuar a indução artificial a partir dos 12 meses para obter colheita mais uniforme ou induzir naturalmente, caso necessite prolongar o período de colheita.

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